segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Idéia Fixa


"Deus te livre, leitor, de uma idéia fixa; antes um argueiro, antes uma trave no olho."



Porque uma idéia fixa é um tormento na vida de uma pessoa.

Apesar disso, deixo que elas não me abondonem e continuem me atormentando, porque minhas idéias fixas têm a mania boba de deixarem de ser idéias para se tornarem fatos (as que dependem de mim, claro, porque com 10 anos eu botei na cabeça que queria um teclado e meu pai disse: "se tu passar pra sexta série, o pai te dá". Passei pra sexta, pra sétima, pra oitava... tô até na faculdade, e nada...).

Esse ano foi até bom, tenho uma pequena lista de idéias fixas concretizadas. Mas me apareceu uma nova. E grande. E desafiadora. E eu tenho pra dizer que eu não tenho medo dela. E ela que se bobeie comigo pra ver se não acabo com ela antes do que ela imagina.

Me lembro que uma vez eu pedi uma bicicleta de Natal. No Natal anterior meus irmãos tinham ganhado uma, cada um. Eu também queria! Bem, não deu naquele Natal, nem no outro. Depois eu já era grande, não quis mais bicicleta. Mais tarde eu quis uma moto...

Quando eu saí do colégio e quis entrar na estadual, me disseram que nem prestasse vestibular, que mesmo sendo universidade pública, seria caro me manter estudando. Pois bem, eu queria estudar. Demorou um pouco, e o 'caro' (que minha bolsa não cobre xerox nem vale transporte), deixa que eu pago!

O emprego público eu nem quis tanto, eu só queria um emprego novo. Mas já que não especifiquei...!

Tá, eu também quis que a moto fosse 07/07, que o curso de graça fosse Letras e que o salário novo fosse maior, mas isso foi brinde!

"(...)e, tornando à idéia fixa, direi que é ela a que faz os varões fortes e os doidos (...)"

Bom, doida ainda não sou. Sobrou ser forte, mesmo com essa carinha de boba que Deus me deu...



(colaboração póstuma: Brás Cubas, de Machado de Assis!)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Contrastes

Pois eis que me sento no banco da praça, no Centro de Novo Hamburgo, para esperar do meio dia até à uma e meia, mais para descansar do que para passar o tempo, quando um senhor de uns setenta anos vem e senta no outro banco, de frente para mim. Até aí tudo bem, e tudo bem no resto também, que isso de certo e errado não me agrada mesmo.

Eu, àquela hora, quase chorando em plena praça por pensar demais.

Ele vem, senta, abre a caixa de sapato que tirou de dentro de uma sacola, tira de dentro um par de tênis novos, descalça os que estava usando, calça os novos, e ali fica, num ritual de uns quinze minutos, a testar os novos tênis, dando voltas de um lado para o outro, pisando firme, decerto para ver se o amortecimento funciona como o do tenis velho (tinha que funcionar, eram idênticos, até a cor).

Eu, pensando o quanto bom deveria ser ter uma preocupação daquelas. Tanto tempo pra provar um calçado que já deveria ter sido provado na loja onde foi comprado.

Os cadarços não estavam bons. Ele senta, desamarra os laços (que eu diria topes!), mede, solta, arruma, mede de novo... agora sim. Os lados do cadarço do mesmo tamanho, ele refaz os topes e vai de novo testar o caminhar.

Tá certo, meu vô faria a mesma coisa, talvez. Manias...

Teste feito. Deve ter aprovado, não vi nenhuma cara de desgosto nele! pegou de cima do banco o par velho, limpou-os como podia, colocou dentro da caixa, no lugar dos novos, e ficou mais um minuto a ajeitar a embalagem nova com o sapato velho dentro.

Eu pensando em tudo que eu tinha pra pensar e vendo aquela cena, no mínimo maravilhosa, bem na minha frente.

Saiu, olhando para os próprios pés.

Fiquei, olhando pra dentro de mim...

domingo, 4 de novembro de 2007

Poia querida!


Aaaaaaahhh!!!! Deu saudade da colegaaaa!!! Saudade daquela poia do capeta!!! Ela é tão poia que se eu não for esfregar esse link na cara dela ela é capaz de nunca ler isso aqui, e eu aqui escrevendo...

Mas mesmo assim tô com saudade dela... Saudade de falar as coisas que só ela entendia... Não adianta, tem que ser a colega.

Tu não acha, colega?
Que que te parece, colega?
Hein, colega, que que tu acha?
Maaaas pra que que foi!!!!!

Agora tá lá aquela poia se achando que é gente, só falta querer colocar acessórios Oxford no banheiro dela, porque uma Ravena ela já tem... Não adianta, colega, a gente não vende Jackwal! Mas ainda tem aquele kit da Meber na promoção, que tu acha, colega?

Box astral plus... mereço...
de porta de abrir ainda!

Mas não faz mal, colega, que tu vire madame, tá! Eu vou continuar gostando um pouco de ti, indo na tua casa, enchendo teu saco, e etc! Pode virar madame, no fundo tu vai ser sempre a minha poia preferida...

sábado, 13 de outubro de 2007

Queridona...

Ja disse que te amo, hoje???


Não??


TE AMO, NATÁLIA, COM TODA FORÇA DE TODOS OS UNIVERSOS!

OBRIGADA!


Por eu amar e ser amada pela pessoa mais especial do mundo.
Obrigada por ser ele de novo.
Obrigada por ele ser exatamente com é...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Acaso, né? Pffff...

E quando a gente pensa que nada vai dar certo do jeito que a gente gostaria, quando a gente sofre por antecedência, quando a gente vê o problema lá na frente de um jeito que nem sabe se vai acontecer, quando a gente acha que sabe tudo o que vai acontecer por julgar que conhece as pessoas e sabe como elas vão agir, a gente tem mesmo é que levar uma dessas na cara pra parar de achar que sabe tudo e lembrar de confiar em algo maior:

“QUANDO SAI ERRADO

As coisas não saíram como querias?

Achas que deves reclamar, impor direitos e medir conseqüências negativas?

Mas, pára e pensa. Vê o bom futuro que tens, as tuas qualidades, como podes fazer de novo e melhor, e reconhece-te forte, sem abatimento algum.

Mesmo que não tenhas, de imediato, uma solução para o que queres, pressente-a e põe-te à espera. Se tens pensamento positivo, o que te vier é sempre bom.

Olha mais longe e não pensas em fracassos e tristezas. Crê na ação do tempo, nas mudanças favoráveis, em ti mesmo, e age tranqüilo.

Deus te protege.

Quem confia em si é como o sol, cujas nuvens estão sempre acima das nuvens.”

E aí a gente cala a boca e pára de ficar se martirizando pelo que PODE acontecer SE as coisas não mudarem até lá...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Não dão azar, têm mais luas, vó!

Vamos interromper um pouco a leitura d’A Metamorfose, passei a tarde com a imagem duma barata gigante na cabeça e acabo de trocá-la pela imagem da inocência da minha vó chorando...
Digo inocência, porque ela tá indo embora e veio aqui se despedir de mim, e me disse pra tirar de dentro do quarto um pedaço de espelho quebrado que eu tenho (pedaço suficientemente grande para não ser jogado fora, e que permanece ali enquanto eu digo que vou dar um jeito nele).
Disse que ter espelho quebrado não presta, dá azar. Óbvio que eu não ponho a culpa de nada do que ta acontecendo no meu pedaço de espelho. Mas ela falou isso e encheu o olho de água... “Não precisa chorar, vó...”.

Eu vou dar um jeito no espelho. Não vai mudar em nada, mas não vai me custar fazer o que ela pediu. Vou dar um jeito nele e vou dizer isso pra ela, pra ela acreditar que de agora em diante tudo vai se ajeitar, mesmo que acredite nisso pelo fato de eu não ter mais um espelho quebrado dentro do quarto.

Espelho quebrado ou não, eu vi fé demais na inocência refletida na lágrima daquele olho azul...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Dessa vez NÃO!

Um dia, o mestre perguntou aos seus discípulos o seguinte:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Os homens pensaram por alguns momentos.
- Porque perdemos a calma, disse um deles, por isso gritamos.
- Mas por que gritar, quando a outra pessoa está ao teu lado? Não é possível falar-lhe em voz baixa? Por que gritas a uma pessoa quando está aborrecido?
Os homens deram algumas respostas, mas nenhuma satisfazia ao mestre.
Finalmente, ele explicou:
- Quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir essa distância, precisam gritar. Quanto mais aborrecidas estão, mais forte terão que gritar para escutarem uma a outra através dessa distância.
Em seguida, o mestre perguntou:
- O que acontece quando duas pessoas se enamoram? Elas não gritam uma com a outra, mas sim, falam suavemente, por quê? Seus corações estão muito perto, a distância entre elas é pequena.
O mestre continuou:
- Quando se enamoram, acontece mais alguma coisa? Não falam, somente sussurram, e ficam ainda mais perto de seu amor. Finalmente, não necessitam sussurrar, somente se olham, e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Então o mestre disse:
QUANDO DISCUTIREM, NÃO DEIXEM QUE SEUS CORAÇÕES SE AFASTEM, NÃO DIGAM PALAVRAS QUE OS DISTANCIEM MAIS. CHEGARÁ UM DIA EM QUE A DISTÂNCIA SERÁ TANTA, QUE NÃO MAIS ENCONTRARÃO O CAMINHO DE VOLTA.

(Texto adaptado de um autor desconhecido. Aliás, esse tipo de texto adora ter autor desconhecido, um dia eu ainda conheço esse cara.)

** Bom, foi o que eu tentei dizer: "Por que tá gritando? Eu tô aqui do lado..."
Mas não adiantou, gritava e gritava. Grita sempre. Será que ele realmente se convence da sua autoridade através de gritos, ou grita pra se defender de uma possível (e provável) falta de argumentos? Porque é incrível, não sabe falar baixo quando precisa. Grita e manda calar a boca. Pronto. Fácil assim, sempre foi fácil assim, sempre calei a boca. Não tem problema, eu calo a boca. Por uns segundos. Porque não é mais assim que as coisas funcionam. Vamos parar com isso de achar que todo mundo tem que ser submisso sem questionar. Vamos conversar. Se quiser, eu mostro como se faz, mas não me venha mais com gritos e ordens absurdas baseadas em "43 anos de experiência", baseadas num mundo minúsculo de quem sempre foi obedecido. Admiro? Admiro. Tenho orgulho? Muito. Aceito conselhos? Aceito. Sigo os conselhos? Quando eu acho que devo seguir. E isso acontece na maioria das vezes. Somos muito parecidos. O pior é que somos. Ou o melhor, já não sei. Ele consegue dar um nó na minha cabeça! Talvez ele, agora, não esteja gostando muito da idéia de eu parecer com ele, porque isso me dá créditos. Meu raciocínio, às vezes, vai lá em cima, mais do que ele queria que fosse, apesar de isso não ser problema pra ele. Ele acaba com meu raciocínio com um grito! Ou acabava. Me fez a imagem e semelhança? Agüente as conseqüencias! Vou começar a usar minha herança hereditária a meu favor. Não se trata de medir forças, nada disso. No que depender de mim, estarei sempre um andar abaixo. Mas, como se diz, 'se é pra avacalhar, paremos!' Sei bem que vai ser difícil, o que faria mudar uma pessoa que eu nunca vi olhar nos olhos e pedir desculpas? Que perde um irmão (orgulhoso igual, diga-se de passagem) mas não volta atrás? Em que família fui nascer... Mas se nasci nela, foi por algum motivo. Não tenho propósitos utópicos de ouvi-lo pedir desculpas, só que me ouça antes de me mandar calar a boca, e que, depois de ouvir, concorde, ou discorde, mas que me apresente argumentos aceitáveis. Vamos lá, tentar mudar a fera, ver o que consigo. Tenho forças para isso. Ah! Se tenho...

sábado, 1 de setembro de 2007

DEZ DIAS DE CÉU

Vamos ver se este blog aceita um mísero post meu como pedido de desculpas por eu estar tão distante dele há tanto tempo!
Se bem que ele também vai ter que me perdoar por eu talvez não conseguir fazer com que o meu eu-enunciador se faça entender pelo tu-interpretante dele!
Acontece que tenho tanta coisa aqui dentro que não consigo externar, que ele corre o risco de ser um post mutilado.
Mutilado ou não, vim dizer que abriria, de bom grado, mão das minhas férias anuais de trinta dias, por férias, bienais, trienais, qüinqüenais de uma semana só, se esta semana fosse como a que passei com o Calil.
Na lembrança tudo. Tudo, tudo, tudo.
De concreto, o cheiro no meu travesseiro, e um resquício de dor de garganta por andar de moto na chuva.
E descobrir que dizer ‘eu te amo’, quando mentira, é muito ruim e difícil, mas quando verdade é só verdade...
E conviver um pouquinho pra vê-lo colocando mais açúcar no café do que pessoas normais costumam fazer.
E ficar junto até pegar no sono, e arcar com as conseqüências!
E lembrar dele dormindo.
E rir por descobrir que falo espanhol fluentemente e nem sabia!
E acordá-lo de manhã.
E olhar no olho de perto.
E ver o sorriso de perto.
E ter que decidir entre chocolate ou chantilly... (pula essa parte)
E saber que ele gosta mais de mostarda do que de catchup!
E ficar junto o dia todo e ir pra aula e saber que quando voltar ele vai estar lá e que no outro dia ele vai estar lá e quando acordar ele vai estar lá.
E não querer que o tempo passe, e não querer pensar na volta pra casa, e não querer pensar em nada.
E planejar um monte de coisa e não colocar nada em prática!
E não saber o que dizer e só olhar, e querer olhar pra sempre.
E saber que tenho certeza. Essa é a melhor parte. Tenho certeza por mim e por nós. Até careca!
E ele é tão cheiroso quando sai do banho, e ele fica tão bonitinho com aquela jaqueta, e ele é tão querido que...
Ah... “A força das palavras não consegue mostrar nem sequer o pensamento de quem fala”, já dizia Santo Agostinho. Vou parando por aqui, agradecendo de novo ao meu anjo por ter achado um anjo pra mim...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Se fosse só a pilha...

07/AGO/07... E eu nunca vi dias mais longos... Esse tempo que não passa, e eu já troquei a pilha do meu relógio...

domingo, 22 de julho de 2007

Pensandopensandopensando...

Às vezes eu desanimo de tudo.
Às vezes me empolgo com pouca coisa.


151:1 não é uma boa escala... é possível, mas impossível o suficiente pra eu não me esperançar. Vamos pensar noutra coisa:

...

...

...

Vamos pensar em menos coisas:

...

...

As hipóteses são muitas, selecionemos as mais possíveis:

...

...

...

...

(incrível a capacidade que uma pessoa no meu estado tem de achar que tudo é possível)

...

É...

...

Não adianta pensar muito, não vejo saída pra nós...

...

...

Quanto mais eu penso, mais me convenço de que vamos ficar juntos...

...

E, também, não adianta não pensar, até mesmo porque pensar é o que eu faço de melhor...

...

...

...

Tá vendo?... Se não é de um jeito, é de outro...

...

(dedução meio óbvia...)

...

...

...

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Não vou mais pensar, pensar exige calma. Eu tenho pressa. Exige bom senso. Não sei se tenho muito isso, mas... É, tenho. Demais.

Até meu bom senso me dizendo a mesma coisa. A lógica me diz a mesma coisa. O coração me diz a mesma coisa, o meu e o dele. Se a Sofia falasse, diria a mesma coisa. A Tamy, por enquanto só fala 'il', daqui a pouco ta dizendo a mesma coisa!

Às vezes eu desanimo de tudo. Às vezes me empolgo com pouca coisa. Se não for via SEMAE, por alguma via vai ser...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

E não é só a chuva que chove...

Pois cá estou de novo, despendendo do resquício de domingo que me resta para postar neste blog.
E, novamente, o motivo que me traz a escrever é, basicamente, o mesmo.
Acontece que hoje não estou cabendo em mim de tanta saudade, e ver as fotos dele contribui, e muito, para o aumento da mesma! Mesmo assim, não me canso de ver e rever e rever e rever aquele rosto lindo sorrindo e olhando pra mim, se não com a boca, com os olhos...

Porque teu olho sorri... e eu choro.
Sim, choro. Mas não se preocupe, já não é esta a primeira vez hoje. Choro porque te olho e agradeço do fundo da alma por ser meu. Choro de saudade e de feliz. Choro porque não posso gritar. E, se pudesse gritar, choraria ainda...

Porque eu te amo, porque a gente tá longe, porque eu preciso de ti perto de mim, porque eu sinto demais a tua falta e a falta da tua mão no meu rosto. É por isso que eu choro.

Porque ele é tudo. É a base pro meu dia, pra minha semana, pro meu mês. É objeto dos meus pensamentos, das minhas palavras, dos meus olhares. É a execução dos meus planos, direta ou indiretamente.

É por isso que eu espero. Choro, mas espero.

Porque não tem ninguém aqui que te substitua. Porque nunca teve. Porque eu não vou desistir, leve o tempo que levar. Porque a certeza que eu tenho é a que vem de ti.

E porque a gente tá nessa e não tem mais como escapar!

É por isso que eu agradeço de novo e de novo e de novo. Vejo as fotos, choro e agradeço. Ouço as músicas, choro e agradeço. Ouço a tua voz dizendo que me ama, e a minha não tem outra escolha, a não ser dizer que também.

Nós dois somos o que eu nem esperava pra minha vida, e por não ter pedido nada disso é que eu agradeço ainda mais.

Te amo, querido, de uma maneira incrivelmente forte demais...

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Dear Teacher

"Lendo teu email, me deu uma saudade de VC.
Desse sorriso limpo e lindo. Você ainda está com aquele cabelão lindo??? De fazer inveja na gente????

Beijos no coração

Teacher que t adora.

Mari"


Ninguém é capaz de imaginar a minha felicidade quando li isso escrito bem lá na minha caixa de email...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Eu confesso...

Sim. Confesso, em pleno blog, que hoje bateu o desespero, pela primeira vez. Confesso que pensei durante um tempo nas impossibilidades que nos cercam. Confesso que chorei por causa disso. Confesso que, por um instante, cheguei a pensar que nada daria certo, que tudo era absurdo. Confesso que o desespero aumentou quando me dei conta do que estava pensando. Confesso que fiquei mesmo perdida. Confesso que passou, que voltei ao normal. Normal? Confesso que normal, nesse nosso caso, é pensar mesmo que tudo é impossível. Confesso que fui normal por uns minutos, hoje. Confesso que não quero mais pensar isso, e não vou. Confesso que não vai ser (não está sendo) tão fácil quanto tentamos fazer parecer que é. Confesso que, no fundo, sabemos que não é mesmo nada fácil. Mas confesso que estou disposta a continuar, até o começo! Confesso que não sabia que isso ia acontecer desse jeito. Confesso que se eu soubesse, teria feito tudo de novo, igualzinho.

Confesso que preciso segurar na sua mão...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Um lado bom e dois ruins...!

Nada como anteontem ter sido meu último compromisso para com a disciplina ‘Cultura, Diferença e Educação’.
Nada como ir às próximas aulas apenas para prestigiar os trabalhos dos colegas.
E isso é tudo, pra aula de segunda-feira...

Nada como saber que preciso ler Noite na Taverna, Inocência e Lucíola, tudo pra próxima quarta.
Nada como não saber como ficou o trabalho em grupo que vai ser entregue hoje.
Nada como não saber se me superei ou se me ferrei na avaliação de quarta passada.

Nada como ter uma entrevista em mãos, um roteiro a seguir e um relatório pra fazer pra aula de sexta.
Nada como ter que entregar tudo na próxima sexta e não ter nem começado.
Nada como ainda ter que pesquisar sobre organizações sindicais pra essa mesma aula de sexta.

Mas nada melhor mesmo do que a proximidade iminente do fim do término do semestre!

(e não pensemos que as férias de inverno passam voando, faz favor...)

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Saudade, querido...

... não queria vir aqui falar de saudade de novo, mas hoje tá difícil...

Bem que podia não existir 'saudade' no nosso dicionário também.
Gosto e não gosto de sentir saudade, mas tá ficando demais, e começo a só não gostar. Essa saudade triste, de quem sabe que não pode ter do lado a pessoa que quer, essa eu passo a vez, não quero sentir, obrigada. Bom seria também se eu pudesse escolher entre sentir ou não sentir, mas não... Sinto. E forte. Tanto que dá pra ver, ela chega a me deixar de mau-humor, às vezes.

Amor, preciso tanto, tanto , tanto de ti... aqui do meu lado. Queria poder ouvir que não vai demorar pra nos vermos de novo.

Queria tanta coisa, mas agora só queria a gente junto...

Queria não estar chorando agora, ou estar chorando contigo do meu lado. Não é a lágrima que importa, é a falta que tu me faz...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O nome da batata não altera a maionese!

Fui matar uma antiga curiosidade que, embora fosse curiosidade, nunca tinha me preocupado em satisfazê-la: ver o significado da palavra saudade, segundo o dicionário. Fui. Eis o conceito, segundo um minidicionário semiconfiável que eu tenho aqui:

Sau.da.de s.f. 1. Lembrança triste e suave de pessoa(s), situação ou coisa(s) ausente(s) ou extinta(s). Pl. 2. Cumprimentos, lembranças afetuosas a pessoa ausente.

Não satisfeita com a resposta, fui ver o que dizia um outro que se diz dicionário, mas que na verdade é um desses livrinhos que vêm de brinde noutro livro maior, pra deixar o comprador feliz. Pois eis a minha surpresa:

SAUDADE, s.f. Recordação ao mesmo tempo triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possui-las; pesar, pela ausência de alguém que nos é querido; nostalgia, designação de várias plantas da família das Dipsacáceas e das suas flores; planta da família das Asclepiadáceas; cantiga da terra entoada pelos marujos no alto mar; pl. cumprimentos; lembranças afetuosas a pessoas ausentes.

Eu sabia! Isso que eu sinto não é saudade. O que eu sinto não tem nada de triste nem de suave, e nem é por nada nem ninguém ausente. É bom e forte, e é por alguém que, mesmo a centenas de milhas, é a pessoa mais presente na minha vida. É certo que o que sinto vem acompanhado do desejo de tornar a vê-lo, o meu querido, mas nada de pesar, nada de nostalgia. É certo também que eu não vou encontrar num dicionário o significado disso que eu sinto. É certo que nem me preocupo em saber o que é...
É uma coisa que eu não gostaria de estar sentindo, mas gosto de sentir. É uma coisa boa que me faz chorar. É um aperto por dentro que me faz rir. É um agonia pela qual eu agradeço todos os dias.
É uma coisa que eu nunca quis, mas que não poderia viver sem. Nunca pedi, mas foi o melhor presente que já ganhei. Nunca me imaginei sentindo isso, e não sei como conseguia viver antes.
Não, definitivamente não sinto saudade. Não essa de dicionário. Não essa triste e suave. Não é saudade ter, num dia inteiro de pensamentos diversos, sempre a mesma imagem ao fundo. Não é saudade imaginar o futuro e querer que ele chegue logo. Querer que o tempo voe não é saudade. Lembrar o tempo todo de coisas que já aconteceram, e rir e chorar ao mesmo tempo, e rir de novo e agradecer talvez seja saudade, mas esta definição não consta do dicionário.
É difícil definir o que é saudade, deve ser por isso que só achamos essa palavra na língua portuguesa, o Português gosta de complicar. Mas não estou interessada em saber se isso que sinto é ou não saudade. É bom. É bom acordar e dormir e lembrar e nunca esquecer que achei o amor da minha vida. É bom saber que ele sente a mesma coisa. É bom. Que isso seja saudade, nostalgia, pesar pela ausência, não importa. É como dizer que Plutão não é mais planeta, o termo que se usa pra designar algo não muda os fatos. O que eu sinto poderia se chamar 'noete' e continuaria sendo o que eu sinto. Aliás, acho não é prudente que eu acredite num dicionário que define amor (escolhi essa palavra ao acaso, só pra testar a confiabilidade do dicionário!) como "afeição profunda, zelo, cuidado", muito menos num outro que nem apresenta essa palavra.
Mas, estou aqui apenas devaneando e ciente de que estou apenas devaneando. Talvez isso que eu sinto seja saudade sim, talvez não seja mesmo. Ou talvez seja algo da família das Dipsacáceas e das suas flores, vai saber...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Santo feriado santo

Ah! Nada como amanhã ser feriado! Eu gosto tanto de amanhã quando é feriado! Amanhã feriado é sinônimo de Natália feliz, Natália agradecendo por amanhã ser feriado.

Amanhã é feriado neste Vale Tão Bonito. Só aqui. Porto alegre vai trabalhar, São Leopoldo vai trabalhar, e eu não! Sinceramente, eu não sei por que é feriado amanhã. Eu nem sabia que amanhã seria feriado. Mas o importante é que é feriado. Deveria ser feriado só por ser feriado.

Amanhã feriado é bom. Me redime de um monte de pecados. Posso pegar a roupa de cima da cama, jogar pra dentro guarda-roupa e fechar a porta: amanhã eu arrumo, é feriado. Posso chegar da aula e deixar de lado os livros/contos/texto-do-xerox-pra-aula-de-sexta: amanhã eu leio tudo, é feriado. Posso estar a essa hora na internet sem peso na consciência: vou dormir até tarde amanhã, é feriado.

Feriado é tão importante, que amanhã a gente deveria acordar e dizer “bom feriado!”, ou então “nada como um feriado após o outro” ou “Carpe Feriadum”!

Amanhã feriado seria melhor se amanhã fosse sexta-feira-feriado. E segunda-feria-feriado seria a glória!

Pareço alguém que não gosta de dias normais, eu sei. Pudera! Dias normais cansam demais. Essa história de levantar às 6:30 e dormir depois da meia noite não é muito glamurosa. Menos ainda quando esse intervalo de tempo inclui manhãs que se arrastam, filas de banco, tardes que se arrastam, chegar atrasada na aula, aulas que se arrastam, esperar ônibus, onibus que se arrasta e etc. Etc poderia ser sair e chegar em casa de moto. É... Uma voltinha de moto às 7 da manhã e uma às 11 da noite, pra tomar a brisa congelantemente fresca das manhãs e noites de meados de maio gaúchas. Super convidativo...

Por outro lado, se todo dia fosse feriado seria meio chato...

... Mas pelo mesmo lado não é todo dia que é feriado, então a possibilidade de amanhã feriado ser chato está descartada.

Nada como amanhã feriado. Ficar em casa, almoçar em casa. Rir com meus irmãos até doer a bochecha. Brincar com os cachorros, cuidar da filha da vizinha. Lavar a moto, ou pagar 50 centavos pros irmãos lavarem, ou não pagar nada! Comer laranja, olhar TV de tarde, fazer um bolo, ou só comer, se alguém fizer. Sentar e ficar... Pensar na vida, ou não pensar na vida. Fazer coisas que muita gente faz todo dia e não dá importância, essas coisas que realmente merecem importância... E poder fazer tudo isso sem precisar se preocurar a que horas acaba o horário de almoço...

domingo, 13 de maio de 2007

Diálogo/monólogo: Eu x Eu Mesma

-E não adianta se perguntar por que foi se apaixonar por ele, Natália Cristina, não seja hipócrita! Você nunca fez nada para impedir isso. E nem adiantaria tentar.
-Eu sei, eu sei... Mas se eu soubesse que seria assim...
-Você teria feito tudo de novo, meu bem. Igualzinho.
-Talvez não, talvez eu tivesse...
-Já disse para não ser hipócrita!
-Não tô sendo hipócrita, é verdade. E eu tinha plena noção do que poderia acontecer, tá bom?!
-Então, por que não fez nada pra impedir, querida?
-Porque...
-Por quê?...
-Porque eu não tinha a mínima noção do que poderia acontecer...
-Ahá! Eu sabia!
-Sabia o quê?
-Que você estava sendo hipócrita!
-Sabia como? Nem eu sabia!
-Sabia sim.
-Sabia o quê?
-Você sabia!
-Eu sabia o quê, criatura?
-Você sabia que estava sendo hipócrita.
-E como tu sabia que eu sabia?
-Você está sendo hipócrita de novo, meu bem...
-Não muda de assunto! Como é que tu sabia que eu tava sendo hipócrita se nem eu sabia?
-Porque você sabe que eu te conheço tanto quanto você.
-É mesmo...
-E quem está mudando de assunto aqui é você.
-Sim, eu sei...
-Claro que sabe.
-Mas tu sabe por que, né?
-Claro que eu sei.
-Por isso tava me chamando de hipócrita, né?
-Sim.
-Tá bom, não vou mais ser hipócrita, tá?
-Claro que não.
-Vou admitir que não sabia que aquilo podia dar nisso.
-E vai admitir que não se arrepende de nada.
-E vou admitir que teria feito tudo de novo.
-Vai admitir que teria feito tudo de novo, mesmo que soubesse que aquilo poderia resultar nisso.
-Sim. E vou admitir também que, mesmo que seja assim, isso é a melhor coisa da minha vida.
-E admita que você agradece todos os dias pelo que aconteceu.
-Todas as horas...
-Admita, aqui, que você chora de saudade e mesmo assim agradece.
-Admito.
-Admita que mesmo que ele morasse mais longe ainda você, ainda assim, não desistiria.
-Mas ele já sabe disso...
-Admita!
-Admito.
-Admita que você o ama.
-Com todas as minhas forças.
-Como nunca antes?
-Tu sabe.
-Como nunca antes?
-Mas por que tá me perguntando, se sabe?
-Porque ele não sabe.
-Ele sabe, sim.
-E como você sabe que ele sabe?
-E como tu sabe que ele não sabe?
-É tão difícil assim responder?
-É.
-Por quê?
-Porque não acho as palavras.
-Tente.
-Então, pergunta de novo!
-Como nunca antes?
-Como nunca antes.
-E?...
-Mais do que poderia imaginar.
-E?...
-Mais do que achei que um dia tivesse amado alguém.
-Achou que um dia tivesse amado alguém?
-Tu sabe.
-Mas ele não sabe.
-Sim, ele sabe!
-Achou que um dia tivesse amado alguém?
-Sim, achei.
-E como descobriu que não tinha amado?
-Descobrindo...
-Como descobriu?
-Tu insiste, hein?!
-Nós insistimos, querida!
-Verdade!
-Então?
-Então o quê?
-Como descobriu que não tinha amado ninguém antes?
-Quando descobri que o amava.
-Amava quem?
-Ele.
-Ele quem?
-Tu sabe.
-Mas ele não sabe!
-Ele sabe, sim senhora, e tu sabe muito bem que ele sabe!
-Custa falar quem é?
-O Calil, O CALIL! Satisfeita?
-Mais ou menos...
-Hã?!
-Como descobriu que o amava?
-Lá vem ela...
-Lá vamos nós, darling.
-Tá bom, tá bom!
-Então?
-Tu á chata, hein...
-Somos. Fale, vamos ver se concordo com você.
-Foi quando...
-Quando?...
-Não sei o dia, exatamente.
-Você sabe do que eu estou falando, não seja hipócrita!
-Tá bom, tá bom! Foi quando ele teimou em não sair da minha cabeça.
-Isso.
-E quando ele me dizia coisas que nem eu acreditava...
-Foi, mesmo que você só tenha se dado conta disso mais tarde.
-É, só fui me dar conta mais tarde.
-Mas hoje vê que já o amava muito antes.
-Sim, hoje vejo.
-Mais alguma coisa a dizer?
-Claro que tenho mais a dizer!
-Então, querida, falemos logo. Já estamos nos alongando demais.
-Agora não quer que eu fale?
-Quero, mas falemos logo!
-Descobri que o amava, quando vi que não conseguia não pensar nele.
-Voce já disse isso.
-Não me interrompa!
-Sorry!
-Descobri que não podia mais não falar com ele, que ele me fazia falta, mesmo lá de longe.
-Que ele fazia diferença na sua vida, que ele era especial, muito mais especial do que pensávamos que pudesse ser.
-Sim. Descobri que o amava quando admitia pra mim mesma que ele era muito mais querido do que eu gostaria que ele fosse. Que eu sentia saudade dele, muita, muita.
-Que sentia muita vontade de vê-lo, vê-lo de verdade.
-Muita.
-Que só por amor faria o que fez.
-Só por ele.
-Descobriu que o amava quando o viu chegar na estação de trem.
-E quando sorriu.
-E quando a abraçou.
-E quando pegou na minha mão.
-E quando passou a mão no seu cabelo.
-E quando me olhava.
-E quando a abraçava.
-E me beijava no rosto.
-E quando chorava.
-Quando chorava...
-Descobriu no momento que o viu que ele era a pessoa da sua vida.
-Sempre foi...
-Descobriu que não poderia mais viver sem ele.
-Eu já sabia disso.
-Você não vai precisar viver sem ele, Natália.
-Eu sei. Ele é meu.
-Sim. Ele disse, ele é seu.
-Sim, ele disse.
-E você é dele, admita.
-Nem tento negar.
-Nós seremos felizes...
-Já somos.
-Muito.
-Admite que tu também é caidinha por ele!
-Nem tento negar! Estamos em maus lençóis!
-Estamos fritas!
-Calil, eu amo você!
-Calil, eu te amo, meu querido...

Para Tu Amor

Juanes

Para tu amor lo tengo todos
Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser
Y para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies

Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Para tu amor no hay despedidas
Para tu amor yo solo tengo eternidad
Y para tu amor que me ilumina
Tengo una luna, un arco iris y un clavel

Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Por eso yo te quiero tanto que no sé como explicar
Lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas
Yo te quiero con el alma y con el corazón
Te venero
Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor
Por existir

Para tu amor lo tengo todo
lo tengo todo y lo que no tengo también
Lo conseguiré
para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies

Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos

Por eso yo te quiero tanto que no sé como explicar
Lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas
Yo te quiero con el alma y con el corazón
Te venero
Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor


Achei bem a nossa cara...:P

Te amo.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

GRÊMIO x spfc

Pois não é que o Grêmio venceu mesmo o São Paulo?! Houve quem subestimasse, não houve (pergunta diretamente dirigida ao provável único leitor deste blog!)?

Nasci gremista, não tive escolha, verdade! Mas foi por opção que permaneci gremista. Poderia tranqüilamente ter escolhido outro time pra torcer depois que adquiri meu livre arbítrio (apesar de, até hoje, não tê-lo adquirido totalmente).

Fiz até uma pesquisa aprofundada: o jogo de ontem foi pela Libertadores, o Grêmio conseguiu vaga nas quartas de final e o goleiro se chama Sarra.

Sou uma gremista nata. Meu coração é tricolor. Meu sangue é azul (e, obviamente, eu não estaria dizendo essas bobagens se o Grêmio tivesse perdido o jogo ontem, continuaria sendo uma gremista só por tradição familiar e meu sangue continuaria sendo vermelho).

Mas toda essa felicidade e satisfação não se dão apenas ao fato de o Grêmio ter ganho o jogo, dão-se por ter ganho do São Paulo.

Na verdade, nem por ganhar o jogo e nem ganhar do São Paulo, mas sim por eu ter um namorado são paulino e poder azucrinar um pouco a vida dele sem ter que ouvir coisas do tipo “ainda tem a classificação não sei do quê”, “pelo menos o São Paulo tá na série não sei o quê”, “espera pra ver o campeonato não sei do quê”, pelo simples fato de ele entender tanto de futebol quanto eu (e ele é tão querido que até poderia se dar o luxo de gostar de futebol, eu não me importaria!).

E mais na verdade ainda, minha satisfação nem é por poder azucrinar a vida dele, é por esperar ansiosamente por um 3x0 pra ouvir o telefone tocar, e ele tocar, mesmo depois de um 2x0...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Há excessões...

Não sou dessas pessoas que passam o tempo todo reclamando da vida.
Já fui, é verdade! Fui implicante e pessimista. Não que hoje eu seja um exemplo de otimismo e bom humor, só penso que sempre dá pra se olhar a coisa pelo lado bom. É isso que tento fazer. Mas, como qualquer pessoa normal, os vestígios de raiva, mau humor e falta de paciência afloram de vez em quando. E, obviamente, quando isso acontece, eles deixam de ser vestígios.
Resumindo, tenho de admitir que ontem não foi um dia bom.
É muito incrível e impressionante como pequenas coisas podem causar grandes coisas. Pequenos gestos podem causar grandes aborrecimentos. Pequenas palavras podem me fazer chorar...
É incrível, também, como as pessoas têm a grande e capacidade de transformar gotas d’água em tempestades. Chega a ser invejável...
Soma-se a isso a vontade imensurável de querer uma coisa que, no momento, me era (e é) impossível. Soma-se, talvez, uma coisa chamada TPM, que eu nem tenho, mas que ontem parece que resolveu colaborar (principalmente com a vontade quase incontrolável de chorar). Pronto. Tenho uma bela maneira acabar com meu dia, que não é curto.
Mas, embora tenha tido um dia ‘meia boca’ ontem, não me dou por vencida. Hoje começo este, se não com bom humor, com boa vontade! À noite vou pra aula de inglês ouvir a professora perguntar “how was your weekend?”, e invariavelmente, responder que não me lembro e rir de mim mesma!
Ultimamente tenho andado em “estado de graça”, como diz a Mi! Meus momentos de fúria têm sido pequenos e raros. Ontem foi um deles e, ainda assim, a fúria foi só interior.
Tenho coisas muito mais importantes e/ou grandiosas pra me ocupar.
E nem posso dizer que comecei a semana mal: já era segunda-feira quando desligamos o telefone...

domingo, 6 de maio de 2007

Passando o rodo...

... no meu MSN e dando uma azucrinada básica nos colorados on line! O Grêmio foi campeão (não considerar o fato de que eu nem sabia campeão de quê...)!
Alguns trechos das minhas conversas:

Eu: O GREMIO FOI CAMPEAAAAAAAAAOOOOOOO!!!!!!!!!
Colorado on line 1: "VAI TE CATA"

Eu: o gremio é bom, né, murilo?!
Colorado on line 2: "Putz! era soh oq me faltava"
Eu: tu viu que o gremio foi campeao?
Colorado on line 2: "era soh oq me faltava !! tu vim quere me cornetia!!"

Eu: fala pro teu irmao gemeo bivitelino marcelo que to mandando 4 saudações gremistas p ele!!!! e p ti tbm!!!!!!!!
O colorado on line 3 se absteve...

Eu: o gremio é bom, né, vai dizer!!!!
Colorado on line 4: "Oioi! Veio só pra me zuar neh?"
Eu: capaz!!! mas 4x1 é bom, hein, admite!!!!
Colorado on line 4: "Hmmm... É, cada um tem o barcelona q merece..."
(este colorado foi o que me esclareceu as idéias: campeão do Gauchão!!!)

Mas não faz mal. Gremista que sou, mesmo que só por tradição familiar (0% de chance de ser Almeida e colorada ao mesmo tempo, não tive nem escolha...), tenho que dar o ar da minha graça. Ninguém precisa saber que eu ainda penso que o goleiro do Grêmio é o Danrlei...

A Gênese

A hora certa pra criar um blog...

  • Mil coisas pra fazer;
  • 50% dessas coisas passando do prazo de serem feitas;
  • ciente de ter mil coisas pra fazer e de que 50% delas ja deviam ter sido feitas;
  • nenhuma criatividade pra achar um nome pra este blog;
  • sem tempo pra pensar num nome pra este blog;
  • ciente de estar gastando um tempo que não tenho pra pensar num nome pra este blog;
  • sem inspiração pra postar;
  • ciente de estar sem inspiração pra postar;
  • mais uns quantos motivos que minha memória superpoderosa não me deixa lembrar agora e que muito provavelmente eu vá lembrar depois...

Apesar de todos os empecilhos, não me contive! Abri uma página e vi lá "criar um blog". Se não fosse hoje, não ia ser mais! Empecilhos são transponíveis...

1º. Não tinha uma senha (e eu achei que tivesse!) pra minha conta pra entrar aqui. Criei uma senha.

2º. Não tinha aquele negócio pra colocar ali no link (sim, entendo muito da linguagem técnica da internet...) que, geralmente, é onomedoblog.blogger não sei o quê. Pois é, não tinha nem o nome do blog ainda...

3º. Como não tinha um nome pro blog, pensei em algo provisório. Como tenho uma queda por expressões com duplo sentido (ou triplo, ou quantos forem!), saiu isso aí: Provisoriamente Atada. Por estar provisoriamente atada e por ser atada/Atada!!! Provisoriamente atada é por estar, literalmente, atada, mãos e pés. Provisoriamente... ! Já Atada, acho que não é tão provisório assim! Na verdade, não é nada provisório, mas nada que venha ao caso! E atada por ser mesmo atada, bagunçada, desorganizada, avoada! Enfim, resolvido o problema do nome do blog (provisoriamente) voltava ao dilema do negócio pra colocar no link (porque não queria um provisoriamenteatada.blogger não sei o quê!), então, ficou natalialmeida mesmo (nataliaalmeida já tinha, óbvio!).

4º. O modelo. Mas esse não foi um grande empecilho porque já tinha semi escolhido este aqui. Lógico que dei uma olhada nos outros, mas voltava sempre pro preto! Não! Não sou uma pessoa depressiva, nem triste, nem psicopata! Só achei que esse modelo aqui fosse o mais organizadinho de todos! Se fosse azul marinho rolava também!!!

5º. O post. Esse sim é um problema. Tanto é problema que tá saindo isto que meus olhos estão vendo... Mas agora já foi... E, depois, se todos os meus problemas fossem este, tava é bom! (Não, também não sou uma problemática ambulante, mas é certo que tenho coisas um pouquinho mais sérias pra me preocupar!)

Enfim, ta tudo aí. Tenho uma conta, uma senha, um nome, um link e arrisco chamar isto aqui de post.

Precisava de um lugar pra escrever de vez em quando. Acho que, por enquanto, isso aqui resolve.

Futuramente podem sair coisas interessantes de dentro dessa minha cabeça. Coisas que talvez me possam ser úteis. Coisas que sejam totalmente inúteis e eu nem faça idéia. Coisas sérias. Coisas ridículas. Coisas horríveis. Coisas lindas. Coisas fúteis, mas não pra mim. Coisas importantes, mas não pra mim. Coisas importantes pra mim. Coisas minhas de mim pra mim. Coisas minhas de mim pra alguém. Coisas sem nexo. Storms. Coisas com nexo. Coisas desnecessárias necessárias. Coisas coisas coisas... Futuramente. Futuramente eu posso vir aqui e não postar nada. Posso vir aqui e escrever até eu dizer chega! Posso nem vir aqui... Mas coisas futuras são coisas futuras e, de momento, tenho de me admitir que preciso assumir a coisa mais presente em mim e para mim:

Achei um amor. Desses pra vida toda...